17/7/2009
Previsão pessimista do especialista em ouro e profeta do crash
Em uma época onde não apenas a paixão leva as pessoas ao ouro, ele é um daqueles investidores que já investia em ouro há muito tempo: o investidor confesso Walter K. Eichelburg. Sua previsão da falência dos bancos hipotecários norte-americanos Fannie Mae e Freddie Mac foi acertada; agora ele conta com a bancarrota dos países também na Europa. Segundo Eichelburg que mora em Viena, os EUA estão na linha de tiro já para 2009. O que o faz ter tamanha certeza? Ele vê a movimentação econômica segundo o Ciclo de Kondratieff, onde um desses ciclos, que duram 50 até 60 anos, chega agora ao seu final. Sua crença na vinda de uma hiperinflação é tão forte como sua crença na ascendente cotação do ouro de 1.000 dólares por onça (31,1g). “Em torno dos 1.000 dólares o ouro ainda está barato”, reza seu credo. Na terceira parte de sua entrevista para o Epoch Times, ele fala dos efeitos da crise econômica sobre o mercado de trabalho.
The Epoch Times: O que significa para os empregados quando a crise alcançar seu ápice?
Walter K. Eichelburg: Você pode contar com 40 a 50% de desemprego.
The Epoch Times: Quantos tínhamos nos anos 30?
Walter K. Eichelburg: Cerca de 20 até 25%. Isso nós já temos hoje na Áustria. Facilmente 20% - se nós considerarmos os que aposentam mais cedo, aqueles que recebem ajuda social, aqueles que se encontram em formação escolar... Há duas estatísticas que são tremendamente falsificadas: as estatísticas da inflação e do desemprego. Na Alemanha é ainda pior. Somente 6,9 milhões que recebem o Hartz IV (semelhante ao Fome Zero). Isso representa quase 10% da população. Eu diria, 20% é realístico. Aqui entre nós, na Áustria, cerca de 600.000 pessoas, algo em torno dos níveis dos anos 30. Com o aumento do créditos ainda é possível alimentá-los. Quando isso não for mais possível, este número aumentará para 40 até 50%. Diante disso os políticos têm medo.
Walter K. Eichelburg: Os políticos têm medo de duas coisas: primeiro, que a poupança da população se desvalorize e esta perca seu dinheiro. Segundo, que o desemprego exploda, que ele pelo menos dobre.
The Epoch Times: Pode-se perguntar, a longo prazo, o que isso significa para a aposentadoria das pessoas.
Walter K. Eichelburg: As aposentadorias já eram. Independente se elas são públicas ou particulares, todas elas já fazem parte do passado. Observe os fundos de pensão, por toda parte eles tiveram perdas enormes. As aposentadorias particulares já eram, pois ali existiam títulos de investimento.
The Epoch Times: Mas a Áustria não tinha uma vantagem através do sistema “pay-as-you-go”?
Walter K. Eichelburg: Isso vale tanto para o sistema “pay-as-you-go” quanto para o sistema de cobertura de capital. Seguros de vida, fundos de pensão, todo investidor odeia isso, porque ele não consegue mais sair de lá. Assim como as particulares, as pensões públicas também vão virar história. As duas vão para o brejo, assim que os títulos públicos desmoronarem.
The Epoch Times: Quando isso vai acontecer?
Walter K. Eichelburg: Nos EUA, eu calculo com a bancarrota do país em 2009, para nós não está mais tão longe assim. Se tentará naturalmente imprimir dinheiro, que com certeza perderá totalmente seu valor através da hiperinflação. Surgirá um novo padrão-ouro, ou seja, um novo dinheiro lastreado em ouro. Em tal sistema, a participação dos títulos públicos não pode ser maior do que 10%, pois senão todo o dinheiro escoa.
The Epoch Times: Em sua opinião, pode-se investir atualmente em outra coisa que não seja ouro? Como seria o caso dos imóveis?
Walter K. Eichelburg: Você pode esquecer os imóveis, eles são como títulos.
The Epoch Times: Você escreve em sua página da Internet que o único imóvel que faz sentido, são os sítios?
Walter K. Eichelburg: Sítios pequenos e médios. Quando as moedas tornarem-se inconvertíveis – e elas já estão assim de certa maneira – então você não consegue importar mais nada, mas sim você mesmo tem que produzir. Isso significa, terras cultiváveis para produção real fazem sentido. Não para especulação. Veja, as pequenas hortas também retornarão.
Walter K. Eichelburg: Melhor ainda seriam fontes de energia, petróleo, floresta, própria mina de carvão... A própria fonte de petróleo seria perfeita nesta situação. Você pode esquecer, ao contrário, a energia solar ou eólica.
The Epoch Times: Segundo sua visão, nós nos encontramos no final de um Ciclo de Kondratieff, que não existe pela primeira vez. Aqui aparece a pergunta: nós não aprendemos?
Walter K. Eichelburg: Naturalmente que não. Em 1931 foi a mesma coisa. Desde lá, nada se aprendeu, os bancos também não. Tudo se repete novamente. Teremos um novo impulso quando duas coisas acontecerem: existir um novo dinheiro, nenhuma dívida mais, ou seja, um novo dinheiro lastreado em ouro. E segundo: uma nova elite.
The Epoch Times: Isso acontecerá?
Walter K. Eichelburg: Se isso não acontecer, nós entraremos na depressão. Eu não posso lhe dizer, se isso acontecerá. Se não acontecer, nós ficamos na depressão.
The Epoch Times, 15/07/2009
Previsão pessimista do especialista em ouro e profeta do crash
Em uma época onde não apenas a paixão leva as pessoas ao ouro, ele é um daqueles investidores que já investia em ouro há muito tempo: o investidor confesso Walter K. Eichelburg. Sua previsão da falência dos bancos hipotecários norte-americanos Fannie Mae e Freddie Mac foi acertada; agora ele conta com a bancarrota dos países também na Europa. Segundo Eichelburg que mora em Viena, os EUA estão na linha de tiro já para 2009. O que o faz ter tamanha certeza? Ele vê a movimentação econômica segundo o Ciclo de Kondratieff, onde um desses ciclos, que duram 50 até 60 anos, chega agora ao seu final. Sua crença na vinda de uma hiperinflação é tão forte como sua crença na ascendente cotação do ouro de 1.000 dólares por onça (31,1g). “Em torno dos 1.000 dólares o ouro ainda está barato”, reza seu credo. Na terceira parte de sua entrevista para o Epoch Times, ele fala dos efeitos da crise econômica sobre o mercado de trabalho.
The Epoch Times: O que significa para os empregados quando a crise alcançar seu ápice?
Walter K. Eichelburg: Você pode contar com 40 a 50% de desemprego.
The Epoch Times: Quantos tínhamos nos anos 30?
Walter K. Eichelburg: Cerca de 20 até 25%. Isso nós já temos hoje na Áustria. Facilmente 20% - se nós considerarmos os que aposentam mais cedo, aqueles que recebem ajuda social, aqueles que se encontram em formação escolar... Há duas estatísticas que são tremendamente falsificadas: as estatísticas da inflação e do desemprego. Na Alemanha é ainda pior. Somente 6,9 milhões que recebem o Hartz IV (semelhante ao Fome Zero). Isso representa quase 10% da população. Eu diria, 20% é realístico. Aqui entre nós, na Áustria, cerca de 600.000 pessoas, algo em torno dos níveis dos anos 30. Com o aumento do créditos ainda é possível alimentá-los. Quando isso não for mais possível, este número aumentará para 40 até 50%. Diante disso os políticos têm medo.
Walter K. Eichelburg: Os políticos têm medo de duas coisas: primeiro, que a poupança da população se desvalorize e esta perca seu dinheiro. Segundo, que o desemprego exploda, que ele pelo menos dobre.
The Epoch Times: Pode-se perguntar, a longo prazo, o que isso significa para a aposentadoria das pessoas.
Walter K. Eichelburg: As aposentadorias já eram. Independente se elas são públicas ou particulares, todas elas já fazem parte do passado. Observe os fundos de pensão, por toda parte eles tiveram perdas enormes. As aposentadorias particulares já eram, pois ali existiam títulos de investimento.
The Epoch Times: Mas a Áustria não tinha uma vantagem através do sistema “pay-as-you-go”?
Walter K. Eichelburg: Isso vale tanto para o sistema “pay-as-you-go” quanto para o sistema de cobertura de capital. Seguros de vida, fundos de pensão, todo investidor odeia isso, porque ele não consegue mais sair de lá. Assim como as particulares, as pensões públicas também vão virar história. As duas vão para o brejo, assim que os títulos públicos desmoronarem.
The Epoch Times: Quando isso vai acontecer?
Walter K. Eichelburg: Nos EUA, eu calculo com a bancarrota do país em 2009, para nós não está mais tão longe assim. Se tentará naturalmente imprimir dinheiro, que com certeza perderá totalmente seu valor através da hiperinflação. Surgirá um novo padrão-ouro, ou seja, um novo dinheiro lastreado em ouro. Em tal sistema, a participação dos títulos públicos não pode ser maior do que 10%, pois senão todo o dinheiro escoa.
The Epoch Times: Em sua opinião, pode-se investir atualmente em outra coisa que não seja ouro? Como seria o caso dos imóveis?
Walter K. Eichelburg: Você pode esquecer os imóveis, eles são como títulos.
The Epoch Times: Você escreve em sua página da Internet que o único imóvel que faz sentido, são os sítios?
Walter K. Eichelburg: Sítios pequenos e médios. Quando as moedas tornarem-se inconvertíveis – e elas já estão assim de certa maneira – então você não consegue importar mais nada, mas sim você mesmo tem que produzir. Isso significa, terras cultiváveis para produção real fazem sentido. Não para especulação. Veja, as pequenas hortas também retornarão.
Walter K. Eichelburg: Melhor ainda seriam fontes de energia, petróleo, floresta, própria mina de carvão... A própria fonte de petróleo seria perfeita nesta situação. Você pode esquecer, ao contrário, a energia solar ou eólica.
The Epoch Times: Segundo sua visão, nós nos encontramos no final de um Ciclo de Kondratieff, que não existe pela primeira vez. Aqui aparece a pergunta: nós não aprendemos?
Walter K. Eichelburg: Naturalmente que não. Em 1931 foi a mesma coisa. Desde lá, nada se aprendeu, os bancos também não. Tudo se repete novamente. Teremos um novo impulso quando duas coisas acontecerem: existir um novo dinheiro, nenhuma dívida mais, ou seja, um novo dinheiro lastreado em ouro. E segundo: uma nova elite.
The Epoch Times: Isso acontecerá?
Walter K. Eichelburg: Se isso não acontecer, nós entraremos na depressão. Eu não posso lhe dizer, se isso acontecerá. Se não acontecer, nós ficamos na depressão.
The Epoch Times, 15/07/2009