MICHIYO NAKAMOTO
DO "FINANCIAL TIMES", EM TÓQUIO
A esmagadora vitória do Partido Democrata do Japão (PDJ) pode dar fôlego de curto prazo à economia e aos mercados, mas a estratégia para um crescimento a longo prazo do partido permanece perturbadoramente nebulosa.
Em contraste com o Partido Liberal Democrata, as políticas pregadas pelo PDJ apontam para um Estado intervencionista, que vai agir diretamente em apoio dos cidadãos, em vez de promover a indústria e atender a interesses das empresas para estimular a economia.
O slogan do PDJ, "Colocando as Pessoas em Primeiro Lugar" resume sua política de priorizar o bem-estar dos consumidores, principalmente os pobres, sobre o das grandes empresas.
O partido promete dar apoio governamental para a educação e auxílio financeiro e corte de impostos para os trabalhadores do setor primário.
Expectativas de um aumento no consumo de setores específicos podem trazer alívio momentâneo ao mercado. Mas as medidas pró-consumo do PDJ podem ser contrabalançadas por outras de efeito oposto.
Por exemplo, o partido pretende eliminar as deduções no imposto de renda de esposas e dependentes, o que aumentaria a carga tributária e afetaria o consumo. Também promete reduzir os gastos com a folha salarial da burocracia estatal.
"O núcleo da política econômica do PDJ parece um esquema fantasioso de Robin Hood, destinado a atrair o maior número de eleitores possível", diz o economista-chefe da Macquarie em Tóquio, Richard Jerramm, que se diz preocupado com o "quase socialismo" do partido.
Os mais otimistas creem que as políticas econômicas do PDJ levarão a um consumo maior do setor privado, desencadeando num ciclo de crescimento que o Japão não tem vivido nos últimos anos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3108200902.htm
DO "FINANCIAL TIMES", EM TÓQUIO
A esmagadora vitória do Partido Democrata do Japão (PDJ) pode dar fôlego de curto prazo à economia e aos mercados, mas a estratégia para um crescimento a longo prazo do partido permanece perturbadoramente nebulosa.
Em contraste com o Partido Liberal Democrata, as políticas pregadas pelo PDJ apontam para um Estado intervencionista, que vai agir diretamente em apoio dos cidadãos, em vez de promover a indústria e atender a interesses das empresas para estimular a economia.
O slogan do PDJ, "Colocando as Pessoas em Primeiro Lugar" resume sua política de priorizar o bem-estar dos consumidores, principalmente os pobres, sobre o das grandes empresas.
O partido promete dar apoio governamental para a educação e auxílio financeiro e corte de impostos para os trabalhadores do setor primário.
Expectativas de um aumento no consumo de setores específicos podem trazer alívio momentâneo ao mercado. Mas as medidas pró-consumo do PDJ podem ser contrabalançadas por outras de efeito oposto.
Por exemplo, o partido pretende eliminar as deduções no imposto de renda de esposas e dependentes, o que aumentaria a carga tributária e afetaria o consumo. Também promete reduzir os gastos com a folha salarial da burocracia estatal.
"O núcleo da política econômica do PDJ parece um esquema fantasioso de Robin Hood, destinado a atrair o maior número de eleitores possível", diz o economista-chefe da Macquarie em Tóquio, Richard Jerramm, que se diz preocupado com o "quase socialismo" do partido.
Os mais otimistas creem que as políticas econômicas do PDJ levarão a um consumo maior do setor privado, desencadeando num ciclo de crescimento que o Japão não tem vivido nos últimos anos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3108200902.htm